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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pecados.


Desde o início fomos massacrados – amassados – nossos destinos foram escritos à sangue e nossas canetas quebradas. Nossos deveres estavam arranhados com as unhas de quem desejou o seu mal, o barulho tornou-se irritante em sua mente. “Mate. Peque. Ore. Peça. Implore. Você será meu”. Essas palavras soavam harmoniosas aos meus ouvidos, alguém te quer e você nunca mais estará sozinho. Siga esse caminho, no final, você estará pendurado à cinco metros acima do chão, com uma corda em volta de seu pescoço, ardendo no inferno ao lado de quem sempre te quis e implorando, assim como estava escrito. Não chore, você sempre terá a presença dele ao seu lado, apenas sussurre em meus ouvidos a sua derrota. Agora você está com medo, mas aguardo um segundo para você cometê-lo. O ódio arde em meu coração. Eu matei e eu pequei. Eu não orei, não pedi. Mas agora estou aqui, implorando, mas implorando por mais sofrimento, mais cortes. Pelo prazer exercido sob suas mãos incansáveis. Estava cansado de seguir as palavras de quem eu merecia, e eu perdi. Os pecados são apenas as regras escritas entrelinhas de nossa assinatura pingada com nosso sangue, as regras de um jogo sem fim. Um jogo que você nunca sairá, nem mesmo sem alma. Mas agora, só resta você para saber qual o pecado deverá cumprir. Já sabe?
Incognição.