segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ódio.

O rancor invadia as luzes petrificadas de um ódio restrito ecoando pelo quarto vazio; sem vida. As lágrimas tomavam conta do eterno choro preso em sua tez amarrada à dor, ao sofrimento de um odiar eterno. Em sua mente, o latejar de uma crise estupefata do desejo inevitável, a morte de um corpo imóvel jogado ao carvão de uma vida sem chaminé. Alimentar-se das pequenas coisas lhe parecia uma ótima ideia, igual o sussurrar de uma dor alinhada e o paradoxo da raiva esvaziava-se entre os lençóis curtos à medida que se tratava de seus pés nuns. Tudo lhe mostrava a cólera; um sentimento de ira, de remoção.
Seres compostos da rivalidade de um mundo sem senso, de uma vida sem vida, do amor sem o perdão. A falta invadia suas tripas na metida que seu coração batia fracamente sobre a vida destroçada. O pequeno inferno imposto sobre você mesmo, sobre o amor empilhado aos corpos nuns em um cadáver decepado; o sangue composto das substâncias que almeja. O arfar da agonia invadia sobre o ódio do rancor e os cachos bronzeados contornavam-se sobre a tez da menina que se sentava ao canto suave de vidas impostas e chorava agoniada. Uma palavra permanecia sob sua mente vazia: Rancor. Chorar não fazia bem o quanto diziam e seu coração estava apertado entre o vão de pequenos órgãos massacrados.
O ódio lhe pertencia, assim como as teses lhe satisfaziam e a falsidade lhe importava.

Incognição.

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