domingo, 17 de fevereiro de 2013

Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama.
William Shakespeare.
"Fala que sente saudades, mas não vai atrás. A única coisa que o orgulho conquista é a solidão. E depois não adianta se dar conta do quanto foi idiota por ter permitido que a pessoa fosse embora, porque ninguém é tão burro para ficar esperando o que não vem."

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Você pode não ser o primeiro homem dela, o último homem dela ou o único homem dela. Ela amou antes, pode ser que ela ame de novo. Mas se ela se ama agora, o que mais importa? Ela não é perfeita - você… também não é, e vocês dois podem nunca ser perfeitos juntos, mas se ela te faz rir, te faz pensar duas vezes, e admite ser humana e cometer erros, segure-se a ela e dê a ela o máximo que você puder. Ela pode não estar pensando em você a cada segundo do dia, mas ela te dará uma parte dela que ela sabe que você pode quebrar - o coração dela. Então não machuque ela, não mude ela, não analise e não espere mais do que ela pode dar. Sorria quando ela te fizer feliz, diga a ela quando ela te deixar com raiva e sinta a falta dela quando ela não estiver por perto."

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

— E você, trabalha com o que?
— Sou escritora.
— Ah, isso todo mundo faz. Também escrevo, muitos documentos da empresa.
— Não, você não compreendeu.
— Sorriu ela, olhando para baixo. E ele encucado com a situação, respondeu-lhe:
— Como não? Me disse que é escritora, e respondi que eu também escrevo.
— Você escreve, eu sou escritora.
— Você está brincando comigo? Escrever e ser escritor é a mesma coisa.
— Meu caro, repare bem como são coisas distintas. Eu sou escritora, escritora no livro da vida, escritora das entrelinhas, escritora dos sentimentos renegados, dos amores recíprocos, das hipocrisias, das flores murchas, das cores claras. Escritora.
Ele fez uma cara de deboche. Mas, ela não exitou e continuou:
— Você, um homem que escreve. Todos nós podemos ser alfabetizados e ter o dom de escrever – Ela sorriu. – Mas, poucos e sábios os que buscam, na alma, palavras. Que transformam sentimentos, paisagens, pessoas, vidas. Em textos. Que não exitam em calar o mundo com suas palavras. Esses, podemos considerar escritores natos. O fato não é escrever, é se entregar as palavras.
Ele olhou para ela, levantou da cadeira e partiu. Sabendo que tudo que ela disse era sensato, mas, não quis assumir o erro.
Sophia Germano.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Hoje como de costume eu acordei as 7h da manha em ponto, levantei, tomei café e decidi sair para caminhar. No meio do caminho havia uma livraria e na vitrine tinha um cartaz escrito “A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar” e por alguns instantes eu fechei os olhos e me imaginei bem longe dali, lembrei do meu passado e involuntariamente eu lembrei de você, assim que a sua imagem veio a minha cabeça abri os olhos imediatamente, não podia me dar ao luxo de ficar pensando em você logo no começo do meu dia. Continuei a caminhar, mas aquela bendita frase não saia de minha cabeça, nunca nada que eu havia lido tinha feito tanto sentido assim, pois de 24h do dia 25 era feita de saudade.
No caminho de volta passei novamente em frente a livraria, só que desta vez eu não parei para olhar a vitrine, pois sabia que ler novamente aquela frase seria como tomar um tapa da verdade, porem eu já havia lido uma vez e era o suficiente para me fazer pensar em você, pensar em nós.
Como eu disse, aquela frase foi como levar um tapa da verdade, quem eu estava querendo enganar? Eu sentia saudade, eu queria voltar no tempo, reviver meu passado, eu ainda te amava, bom, acho que essa é a palavra certa, ”amor”, pois não sentimos saudade daquilo que não amamos certo? Eu mesma nunca senti saudade de uma dor de dente, por mais que o amor doesse mais do que uma simples carie.
Olha a que ponto eu cheguei, estou comparando o amor com uma carie? E tudo isso por conta de uma frase em um cartaz na vitrine de uma livraria? Acho que ficar tanto tempo sozinha não esta me fazendo bem, ficar sozinha me trás lembranças, e lembranças me traz saudade, e a saudade, bom ela me traz você, não fisicamente, mas na minha maldita cabeça.
Depois de tanto pensar, fazer comparações malucas eu decidi voltar para cama, afinal eu não deveria ter saído de lá hoje. Peguei um livro e fui me deitar, como sempre eu li uma pagina e logo peguei no sono. Sonhei com você, acho que foi culpa de todo esse papo de saudade, ou talvez seja só a minha alma dizendo para onde ela quer voltar.
Fernanda Duarte.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Arrepio.

‎Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
Fabrício Carpinejar

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chopp é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário, quando se vê de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Nessas horas é que se vê o verdadeiro amor, aquele que é companheiro, que quer o bem acima de qualquer coisa. E é esse o amor que dura pra sempre. Na verdade esse é o único que pode ser chamado de amor."